Sei que aqui se encontram os esboços de um coração ferido. Essas palavras que insistem em reinar sob esse mero pedaço de papel são as mesmas que me trazem tanta dor. Jamais pensei que um coração dilacerado pudesse amar novamente. Meus caros, nós é que não sabemos da dimensão daquilo que nos pertence. O amor pois tomou meu coração e foi capaz de apagar as marcas de um sofrimento que me corroía. Esperto tal como é, invadiu tudo aquilo que me pertencia, a ponto de fazer minhas mãos suarem. A cada dia que passou, amei mais do que pude no dia anterior, até descobrir que a pessoa por quem meu coração tanto batia, acabou levando seu abraço e seu mundo pra bem longe da minha zona de conforto. Já era tarde pois não existem remédios que combatam tão forte sentimento, e se existiu vacina, eu não fora informada. Contaminada de cabeça a pé, não havia mais volta. Meu tratamento foi transformar todo aquele amor em medo, angústia e insegurança, fato que obtive com pleno sucesso. Hoje olho essas palavras jogadas e é como se nada disso me espantasse mais; o filme fora sempre o mesmo, só mudaram as personagens que contracenaram comigo a doçura e a crueldade de uma mesma paixão.
A intensidade aumentara cada vez mais. Não sei se amar é errar, mas confesso que mesmo quando não quero, acabo errando. Se eu escrevesse com o coração, admito que já teria perdido todos os seus milhares de pedaços enquanto apenas me concentrava nas palavras certas a dizer aqui. Inintendíveis porém estimadas palavras que me fazem remexer no que não pode ser consertado e acreditar que um dia é possível achar um antídoto para todo esse sofrimento. Pode ser que seja o próprio vírus do amor. Tentar de novo não é nenhuma forma de suicídio.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário