terça-feira, 20 de julho de 2010

A chuva escorreu pela janela como minhas lágrimas fizeram ao tocar o chão. Com apenas alguns raios de sol, ela se secou sem deixar marcas. Foi como num ciclo. Quando tentei ser mais forte que a tempestade, ela me derrubou. Mas ainda assim consegui chegar mais perto da plenitude dos meus sonhos. As minhas mesmas lágrimas me fizeram enxergar melhor o que antes eu não podia ver. Você sempre esteve ali. E de todas as vezes que sofri, teu nome se fazia presente, quer seja no lado bom ou ruim da história. E a cada vez que me levantei, avistei você ao longe. Hoje quando minhas lágrimas caíram, olhei para o lugar onde você sempre esteve e não, eu não te vi ao longe. Bastou apenas um movimento para te ver novamente, mas agora você estava ao meu lado. E mais uma vez, nós chegamos a um final feliz, pelo menos parcialmente. Foi tudo como num ciclo.
Sei que aqui se encontram os esboços de um coração ferido. Essas palavras que insistem em reinar sob esse mero pedaço de papel são as mesmas que me trazem tanta dor. Jamais pensei que um coração dilacerado pudesse amar novamente. Meus caros, nós é que não sabemos da dimensão daquilo que nos pertence. O amor pois tomou meu coração e foi capaz de apagar as marcas de um sofrimento que me corroía. Esperto tal como é, invadiu tudo aquilo que me pertencia, a ponto de fazer minhas mãos suarem. A cada dia que passou, amei mais do que pude no dia anterior, até descobrir que a pessoa por quem meu coração tanto batia, acabou levando seu abraço e seu mundo pra bem longe da minha zona de conforto. Já era tarde pois não existem remédios que combatam tão forte sentimento, e se existiu vacina, eu não fora informada. Contaminada de cabeça a pé, não havia mais volta. Meu tratamento foi transformar todo aquele amor em medo, angústia e insegurança, fato que obtive com pleno sucesso. Hoje olho essas palavras jogadas e é como se nada disso me espantasse mais; o filme fora sempre o mesmo, só mudaram as personagens que contracenaram comigo a doçura e a crueldade de uma mesma paixão.
A intensidade aumentara cada vez mais. Não sei se amar é errar, mas confesso que mesmo quando não quero, acabo errando. Se eu escrevesse com o coração, admito que já teria perdido todos os seus milhares de pedaços enquanto apenas me concentrava nas palavras certas a dizer aqui. Inintendíveis porém estimadas palavras que me fazem remexer no que não pode ser consertado e acreditar que um dia é possível achar um antídoto para todo esse sofrimento. Pode ser que seja o próprio vírus do amor. Tentar de novo não é nenhuma forma de suicídio.
E antes que digam que palavras não têm vida, é necessário lembrar que é através delas que cometemos o pior de nossos erros e o melhor, ou talvez pior, de nossos acertos.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Sob as pálpebras inxadas e cansadas
ainda escorrem lágrimas que simbolizam minha dor.
Elas vêm e vão quase nunca alternadas,
intensificam meu obscuro vazio; são lágrimas de amor.

Ao escorrerem por minha face, dão-me a sensação de melhora;
aos poucos perdem sua força e se desfazem ao chão;quem dera eu poder cessar o sofrimento que aflora
e gradativamente despedaça o que restou de meu coração.

De onde se originaram essas gotas d'água que representam meu mundo caído?
Quisera eu um dia viver sem saber o que é o amor!
Só assim não seria tão dolorido
Conviver com a sentença de um mero e eterno sofredor.

xxX

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Eu só queria sair daqui. Só queria seguir sem rumo por ruas vazias, lugares onde não existisse nada e ninguém. Eu não queria ver ninguém, não queria falar com ninguém, e queria que ninguém me procurasse. Eu sei que não controlaria o oceano de emoções que correm por minhas veias agora. Angústia, passado, revolta, saudade. Isso apenas faz cócegas no meu coração, comparado à transição de sentimentos nele existente. Vejo castelos de areias sendo desfeitos, vulcões explodem. Acho que estou caindo. Talvez eu não possa assegurar-me de que estou bem. Estou encoberta de dúvidas, meu órgão vital está se desfazendo à medida que meu corpo desiste de lutar. É como chegar a um centímetro do topo, e simplesmente desmoronar. Eu desisti por hoje. Eu ando involuntariamente em direção ao rumo que não gostaria de tomar. Eu ainda quero fugir daqui. Uma lágrima escorre por minha face. xxX

[/ps: isso foi feito na aula, Q
Eu já sei que toda vez é assim. Primeiro é aflição, depois felicidade ao te ver. O que eu deveria saber é que no fim tudo vira uma grande ilusão. Meu coração se quebrou em mais mil pedaços, e meus olhos se cansaram de chorar. Parece que tudo sempre vai acabar mal, parece que eu nunca poderei ser feliz por completo. Todos dizem que obstáculos sempre vão estar em nossos caminhos, porém, o que eles têm a dizer quando já não existem mais caminhos? E assim os dias passam, as oportunidades se vão. Os sentimentos ficam, as feridas também. Sei que nunca estarei ao seu lado, para olharmos o passado e o al[ivio tomar conta do meu ser. Sei também que algum dia isso passará. Só não sei quando. Só não sei se a experiência valerá a pena. xxX

domingo, 15 de novembro de 2009

Ilusão

Arrepender-se de tentar ou de jamais ter tentado? Correr atrás de algo que parece te fazer bem, ou simplesmente deixá-lo de lado? Viver, sorrir, sonhar, crescer. APRENDER. Saber que por milhões de vezes nossas tentativas serão erradas e nossas atitudes ilusórias. Saber que talvez para aquela pessoa você nem significa tanto assim. Saber que seus motivos sempre foram maiores, seus sentimentos, sempre mais intensos. Querer fugir ou tentar se esconder por ter dado um passo maior. Querer dizer o quanto está doendo, mas não ter ninguém pra te escutar. Ninguém ouve, ninguém entende. Não há voz para gritar, só há lágrimas pra chorar. Esconder-se, calar-se, fingir que por dentro tudo está bem, quando seu coração está exasperando dor e tudo vira calafrios na solidão. Você apenas grita em direção ao vento, um eufórico eu te amo, mesmo sabendo que ele nunca poderá te ouvir.